Sejamos vigilantes de nossos próprios caminhos ou então caiamos neles...
Ciladas
Na trajetória humana em favor do
desenvolvimento moral e intelectual, o Espírito, não poucas vezes, defronta
armadilhas bem urdidas, nas quais tomba, de maneira irreversível,
comprometendo-se por largo período...
Constituem testes à resistência moral
de todo jornadeiro que se aprimora através das experiências da evolução.
Ninguém, que desempenhe funções ou
papéis relevantes, que não seja surpreendido por esses mecanismos perigosos que
lhe põem à prova a capacidade mental e as resistências morais.
Sutis, algumas vezes, apresentam-se
como dourados atrativos que seduzem e terminam por envilecer o caráter de quem
lhes aquiesce ao convite.
Noutras ocasiões, surgem de inopino,
ameaçadoras e voluptuosas, surpreendendo e obrigando as vítimas a capitular,
inermes, interrompendo o ritmo do ideal, da conduta, do trabalho a que se
afervoram.
Algumas anunciam favores e glórias
fascinantes que atingem a sensibilidade emocional, levando a paixões de
afetividade doentia...
Inúmeras outras assumem o odioso
aspecto da animosidade e da perseguição inclemente e gratuita, que termina por
desestruturar aquele que lhe padece o cerco.
Normalmente, fazem-se insinuantes e
agradáveis, sem aparente malícia nem mácula, culminando pelo envolvimento
daquele que se permite fascinar pelo engodo de que se revestem.
Semelhante ao que ocorre com os insetos
colhidos nas malhas brilhantes da teia de aranha que os espreita, a fim de
devorá-los depois, logra êxito em razão dos fios viscosos e de
aparência inocente que retêm as presas incautas, impossibilitadas de qualquer
forma de libertação.
Existem s ciladas licenciosas,
vulgares, insensatas, em que muitos corações gentis e dóceis se enleiam,
comprazendo-se, irresponsavelmente, no comportamento divertido que se torna
chulo e perturbador.
Diversas outras são refinadas e
trabalham a presunção do indivíduo invigilante, afastando-o do convívio social
saudável que parece asfixiá-lo, isolando-o na alienação da falsa
autossuficiência...
As ciladas constituem recursos perturbadores
durante a experiência humana que têm a finalidade de proporcionar a aquisição
de resistências espirituais e de valores pessoais ao indivíduo, mediante os
quais o Espírito se enriquece de sabedoria.
Todos os seres humanos, de uma ou de
outra maneira, experimentam-nas durante a vilegiatura terrestre.
Há, porém, outro gênero de ciladas
perversas que merecem atenção redobrada. Trata-se daquelas que são programadas
no mundo espiritual inferior, nas quais se comprazem os Espíritos invejosos,
atrasados, primários e os malvados que se transformam em obsessores,
verdadeiros verdugos das demais criaturas humanas, individualmente, assim como
da sociedade terrestre como um todo...
Odiando o progresso moral, do qual se
alijaram por vontade própria, elegendo o sofrimento decorrente da ignorância em
relação à Verdade como diretriz de segurança pessoal, esses Espíritos infelizes
transformam-se em inimigos do Bem, que pensam impedir de expressar-se, assim
como da felicidade do próximo que invejam.
Quando alguém se alça acima da craveira
comum e chama a atenção pelos valores éticos, culturais, políticos, religiosos
ou de qualquer outra natureza, investem, furibundos, contra, gerando situações
embaraçosas, complicando-lhes os relacionamentos e comprazendo-se em afligi-los...
São hábeis nas técnicas de inspiração
doentia, trabalhando as reflexões mentais daqueles a quem antipatizam com
vibrações perniciosas e extravagantes que desajustam as suas vítimas.
Noutras ocasiões, trata-se de inimigos
de existências passadas, que mantêm ressentimento em forma de rancor e desejo
incontrolável de vingança na sua morbidez dominadora.
Insinuam ideias de enfermidades
simulacros, transmitem sensações doentias, envolvem em ondas mentais
depressivas, suspeitosas ou de violência, em contínuas tentativas de alienar
aqueles que lhes caem nas ciladas mentais.
Ociosos e insensíveis à compaixão ou à
fraternidade, persistem com virulência nos seus propósitos infelizes,
tornando-se inflexíveis na razão direta em que encontram resistência naqueles
que pretendem azorragar.
Atiram pessoas irresponsáveis e
igualmente ignorantes contra quem se esforça por superar as inclinações
inferiores, tornando-se patrulheiros inconsequentes dos seus atos, em razão de
não desejarem sintonia com as suas mazelas.
Estimulam a sensualidade e provocam
paixões tórridas de consequências desastrosas, desrespeitam os sagrados
vínculos do matrimônio, da fidelidade, da consideração que todos se devem
reciprocamente.
Acompanham aqueles que estão sob a sua
alça de mira na condição de vigias impiedosos, sempre aguardando qualquer
brecha mental, emocional ou moral, a fim de iniciarem as vinculações
obsessivas, mediante as quais pensam em destruí-los.
No que diz respeito aos trabalhadores
do Evangelho de Jesus através da revelação espírita, iracundos e violentos tudo
investem, na sua sanha alucinada, para impedir-lhes o cumprimento dos nobres
deveres abraçados.
Certamente, ninguém se encontra sem a
proteção do Senhor da Vinha através dos Seus emissários e dos Seus próprios
benfeitores que Lhe executam a vontade.
Nada obstante, as ciladas que padecem
os trabalhadores do Bem, fazem parte do esquema para a aprendizagem superior
a respeito da realidade imortalista na qual todos nos encontramos
mergulhados.
Essas experiências também ensinam como
se deve comportar o obreiro de Jesus diante dos famigerados enfermos da alma,
que se demoram na erraticidade necessitados de compaixão e de socorro.
Constituem treinamento para o futuro,
quando convocado às tarefas de misericórdia em regiões dolorosas onde os mesmos
se homiziam.
* * *
Nunca desanimes, quando te sentires
assediado por esses vândalos do mundo espiritual inferior.
Quanto mais responsabilidades tenhas,
maior será o cerco em volta dos teus passos.
Porque és fiel ao objetivo que
persegues, mais violentas serão as técnicas usadas nas ciladas que preparam.
Dulcifica-te e não reajas ao mal.
Age com bondade e sê fiel em qualquer
circunstância do ideal ao qual te afervoras.
Nunca revides, mesmo quando agredido,
desperdiçando valiosa quota de energia com o que realmente não tem significado
real, exceto aquele que lhe atribuis.
Ora e confia, alegrando-te quando sob
chuva de calhaus e sorrindo quando jornadeando sobre cardos, deixando pegadas
de dor e de júbilo pelo caminho, a fim de que demonstres que segues Aquele
que, aparentemente morreu vencido em uma cruz de vergonha, e que, após essa
máxima cilada dos maus, retornou Triunfante conforme prometera.
Joanna de Angelis. (Espirito)
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 31 de março de 2010, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, BA. Em 05.07.2010
Acesse aqui e conheça um pouco a história de Joana de Angelis
Joanna de Angelis. (Espirito)
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 31 de março de 2010, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, BA. Em 05.07.2010
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